1093687618700976 Iatroastrologia (astrodiagnose) | Hermes Espagiria
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     Todas as antigas civilizações realizavam estudos profundos sobre a natureza e seus ritmos e ciclos, para assim compreenderem como podiam atuar de modo a se favorecerem destes ciclos. O plantio, por exemplo, muito se desenvolveu a partir da observação dos astros e dos ciclos estacionais. Concomitante a estas descobertas propiciadas pelo sedentarismo e pela fixação de comunidades humanas, a medicina tradicional se desenvolveu a passos largos.

 

Com o passar dos anos, a previsão e entendimento dos ciclos naturais foram sendo sistematizados, e parte destes conhecimentos consolidou o que hoje chamamos de astrologia. Diversos estudiosos das sociedades chinesas, hindus, egípcias, árabes e europeias dedicaram grande parte de suas vidas ao estudo da astrologia.

 

Aqui, o que nos interessa é a parte que tange ao conhecimento alquímico e espagírico, e, principalmente, ao uso da astrologia como ferramenta para diagnósticos. Paracelso, como outros alquimistas, acreditava que existia uma íntima relação entre o posicionamento dos astros e a saúde dos seres humanos. Seguindo a tradição espagírica e os preceitos paracelsianos, é possível tecer diversas relações analógicas entre os doze signos zodiacais e partes do corpo humano. Não é a toa que a lei hermética da correspondência afirma: “O que está em cima é como o que está em baixo”.

 

Desde a Grécia antiga estuda-se a chamada Melotésia ou Iatroastrologia, que pode ser entendida como o estudo da correlação entre os signos, os sete planetas errantes e o corpo humano.

 

Os sete planetas são como potencialidades que refratam a luz solar e atuam sobre nossos corpos. Eles também encerram seus movimentos aparentes dentro da eclíptica. Os doze signos ou casas zodiacais  são compreendidos como os setores físicos e espirituais de nossas vidas que serão influenciados pelas forças planetárias.

Sobre os raios advindos dos planetas e estrelas, Al-Kindi nos dá algumas pistas para entender as influências por eles exercidas:

Cada estrela na verdade tem a sua própria natureza e condição, na qual está contida, entre outras características, a projeção dos raios. E, como cada uma tem sua própria natureza, que não se repete em nenhuma outra [estrela] e na qual se incluem os raios, os mesmos raios, em estrelas diferentes, são de naturezas diversas, assim como as estrelas entre si.

Cada estrela tem então a sua posição na máquina do mundo, diferente de qualquer outra. (AL-KINDI, 2014, p. 33).

Sabemos que, assim como o som, a forma como os raios luminosos incidem sobre uma determinada matéria influenciará de maneiras diversas a mesma. Um posicionamento astrológico não dura mais do que um bilionésimo de segundo, mas todo esse complexo age e incide de maneira diversa sobre cada matéria.

Em acordo com a tradição iatroastrológica há entre os órgãos humanos e os 12 signos zodiacais correspondências arquetípicas. (explicitado na tabela e imagem à cima).

 

Compreendendo as forças planetárias e a incidência de suas luzes sobre os setores zodiacais nos é possível fazer algumas inferências sobre as harmonias e dissonâncias dessas relações dentro de nossos organismos. 

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